Músico pede investigação contra advogada mediadora de seu divórcio

O músico Tomás Bertoni Jardim, guitarrista e backing vocal da banda Scalene, apresentou pedido de instauração de inquérito policial contra a advogada Ana Lúcia Dias da Silva Keunecke. A profissional atuou como mediadora de ação de divórcio consensual dele com a sua ex-mulher Thielen Liziane Müller dos Santos, conhecida como Titi Müller.

Tomás Bertoni Jardim e Titi Müller

Reprodução/Instagram

Na ação, o músico sustenta que, apesar de ser contratada como mediadora, a advogada adotou postura completamente incompatível com a posição e, posteriormente, passou a representar sua ex-mulher em inquérito policial que apura violência doméstica, a partir de circunstâncias protegidas por sigilo profissional. 

No documento de 39 páginas, assinado pelos advogados Leandro Raca e Danyelle Galvão, a defesa de Jardim apresenta prints de conversas com a advogada que demonstrariam que ela deixou de esclarecer dúvidas e de assisti-lo quanto aos efeitos jurídicos dos documentos que elaborou, além de ter apresentado para assinatura um termo de divórcio que era claramente prejudicial ao seu interesse.

“Ao final, após Tomás e Thielen desistirem, consensualmente, do termo anteriormente assinado, a então mediadora se tornou advogada exclusiva de Thielen, e passou a representar seus interesses, não só em negociações que resultaram em divórcio consensual homologado em março, como em inquérito policial instaurado para apurar suposto crime de violência doméstica — violência essa, vale dizer, que nunca ocorreu, conforme esclarecido em expediente próprio”, diz trecho da inicial. 

A defesa de Jardim afirma que a atuação da advogada contrariou padrões éticos mínimos, sendo necessária a apuração a fim de verificar a suposta prática dos crimes de patrocínio infiel e tergiversação, previstos no artigo 355, caput e parágrafo único, do Código Penal.

Os representantes do músico sustentam que a conduta da profissional ofende não apenas o seu cliente, mas também a administração da Justiça, e requerem a abertura de inquérito para apuração dos fatos narrados.

Por fim, o músico solicita uma série de diligências investigatórias, como expedição de ofício à Meta — controladora do Facebook e do Instagram — para que os conteúdos publicados sobre o caso nos últimos seis meses sejam preservados e a oitiva de uma série de testemunhas, entre elas sua ex-mulher e a advogada. 

Clique aqui para ler o inquérito policial

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