Pesquisadora apresenta ferramenta que ajuda em pesquisas judiciárias

A aplicabilidade das ferramentas de análise de conteúdo para a análise de grande quantidade de textos no apoio a pesquisas qualitativas ganhou destaque no seminário “Como fazer pesquisas empíricas aplicadas a políticas judiciárias”.

Pesquisadora apresenta ferramenta analisa textos aplicada a pesquisas no Judiciário

Divulgação/CIAPJ-FGV

O evento integra a programação desenvolvida pelo Departamento de Pesquisas Judiciárias do Conselho Nacional de Justiça para capacitar pesquisadores e pesquisadora do Poder Judiciário na construção de pesquisa empírica aplicada ao Direito. A exposição foi transmitida ao vivo, em 30 de agosto, pelo canal do CNJ no YouTube.

A juíza auxiliar da Presidência do CNJ Ana Aguiar explicou na abertura do seminário que esse tipo de ferramenta é muito útil para quem trabalha com grande quantidade de textos. “Isso porque elas auxiliam na organização, reunião e recuperação de informações”.

Mais de 300 participantes acompanharam os esclarecimentos da doutora em Administração Maria Amália Machado sobre as funcionalidades do software Atlas TI. Ela passou noções básicas e as principais funções disponíveis no software de organização de dados para pesquisa qualitativa. “As pessoas conhecem mais ferramentas que sistematizam dados quantitativos, como Excel”, lembrou.

Maria Amália esclareceu que o Atlas TI ajuda a gerenciar os dados por meio de automação, porém não analisa nada sozinho. “É o pesquisador que precisa inserir as informações para que sejam geradas análises”, reforçou. A contribuição da ferramenta é no cruzamento dos diversos tipos de dados inseridos no software e nos tipos de relatórios, tabelas e seleções de informações que possibilita.

Para isso, a ferramenta pode receber variados tipos de documentos em formato de textos, imagens, áudios ou vídeos. Com o abastecimento das informações e ao receber comandos, são produzidos mapas de geolocalização, além de facilitar a busca de palavras-chave, auxiliar na organização de trechos de textos de vários modos, codificar os trechos selecionados e organizar os resultados de maneira visual.

“O software possibilita comparar diversas informações e analisar um número grande de documentos, além de, por exemplo, linkar uma imagem com um ponto no mapa e apresentar o resultado com uma imagem”, expôs a palestrante. Por fim, a especialista ressaltou que a ferramenta está disponível para vários sistemas operacionais, a partir da aquisição da licença de uso, uma vez que é um software pago.

Rede de pesquisas judiciárias

A série de seminários promovida pelo CNJ é iniciativa prevista na Resolução CNJ 462/2022, que instituiu a Rede de Pesquisas Judiciárias e normatizou a criação dos grupos nos órgãos da Justiça. Com a publicação da norma, a rede passou a gerenciar os dados, as estatísticas e a produção de estudos do Poder Judiciário. Com informações da assessoria de imprensa do CNJ.

Veja a íntegra do seminário “Como fazer pesquisas empíricas aplicadas a políticas judiciárias”:

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