Por entender que a liberdade do ex-bombeiro Maxwell Simões Corea representa risco as investigações sobre o assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, o juízo da 4ª Vara Criminal do Rio de Janeiro determinou sua prisão preventiva.
Provas apresentadas pelo Ministério Público apontam a ligação do ex-bombeiro com o caso, antes, durante e depois dos assassinatos. Na decisão, foi determinada ainda que o preso seja transferido para um presídio de segurança máxima fora do estado. Até a transferência, ele deverá ficar no presídio de Bangu I.
As provas que indicam a participação de Maxwell tiveram como base a colaboração premiada de outro acusado, o ex-PM Elcio de Queiroz, homologada pelo TJ-RJ. Na decisão, é citada a ligação entre o ex-bombeiro com Ronie Lessa, que também está preso e é acusado pelos crimes. Ele teria participado, um dia após o crime, na troca de placas do veículo Cobalt, usado no assassinato, se desfeito das cápsulas e munições usadas, assim como o desmanche do carro.
O ex-bombeiro, de acordo com Elcio, seria o responsável por manter financeiramente sua família, assim como arcar com as despesas de sua defesa. O objetivo era evitar o rompimento entre eles. Maxwell teria participação em uma organização criminosa, além de patrimônio incompatível com sua condição financeira.
A decisão determinou também a quebra de sigilo de dados telefônicos e telemáticos, assim como a expedição de sete mandados de busca e apreensão para auxiliar nas investigações do MP e também da Polícia Federal. Cumpridos todos as determinações da Justiça, foi levantado o sigilo do processo.
Processo 0029021-13.2023.8.19.0001