A Polícia Federal pediu ao Supremo Tribunal Federal autorização para quebrar o sigilo fiscal e bancário do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A informação é do portal G1.
Alan Santos/PR
O pedido da PF foi protocolado após a divulgação do esquema de vendas ilegal de joias recebidas pelo ex-mandatário que deveriam ser encaminhadas para o acervo da Presidência da República.
Conforme o jornal O Estado de S. Paulo, a PF também quer ouvir a ex-primeira-dama Michele Bolsonaro sobre o caso e acionou o FBI para avançar nas investigações.
Nesta sexta-feira (11/8), o ministro Alexandre de Moraes autorizou busca e apreensão contra quatro pessoas ligadas ao ex-presidente. A operação foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes e mira Mauro Cesar Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid; Frederick Wassef, advogado que já defendeu o ex-presidente e familiares em diversos processos; e Osmar Crivelatti, tenente do exército e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Alexandre autorizou a apreensão de computadores, tablets, mídias externas de armazenamento, como pen drives, CDs e DVDs, máquinas fotográficas e arquivos relacionados à venda de presentes oficiais.
A PF teve acesso a diversas conversas envolvendo a negociação dos presentes. Uma delas, assim como extratos, dão conta de que um dos relógios chegou a ser vendido por R$ 346 mil.
“A análise de dados armazenados na nuvem de Mauro revelou uma fotografia que registra um comprovante de depósito no valor total de US$ 68.000,00, realizado na data de 13 de junho de 2022, mesmo dia em que Mauro Cid se deslocou para a sede da empresa Precision Watches. Este valor correspondia, na data do pagamento, ao montante de R$ 346,983,60”, diz trecho da decisão de Alexandre.