Startups dos EUA iniciam corrida para incorporar DeepSeek – 29/01/2025 – Mercado

Startups como Gloo, Groq e Perplexity estão entre as primeiras a adotar o modelo de inteligência artificial da chinesa DeepSeek para o desenvolvimento de seus próprios serviços de chatbot e outros recursos.

Após agradecer em mídia social à equipe baseada em Hangzhou, o engenheiro Pat Gelsinger, ex-CEO da gigante de chips Intel, confirmou que a empresa que criou no Colorado (EUA), Gloo, havia abandonado o propósito de usar o modelo pago da OpenAI. E que o fez devido à chegada do mais recente produto da DeepSeek, R1, de código aberto, gratuito.

“Meus engenheiros na Gloo estão hoje executando R1”, afirmou ao site TechCrunch, em referência ao modelo anunciado há pouco mais de uma semana. Argumentou que a DeepSeek torna a inteligência artificial tão barata que ela vai estar presente e com boa qualidade em toda parte.

Na mesma direção, a Groq, sediada no Vale do Silício, na Califórnia (EUA), anunciou em rede social “o nosso novo brinquedo” e festejou a entrada de milhares de novos desenvolvidos, atraídos pela incorporação do R1.

“É uma virada de jogo”, afirmou em nota um de seus diretores, Ian Andrews, sobre a qualidade do modelo e a decisão da DeepSeek de torná-lo código aberto.

Outro diretor, em entrevista ao canal CNBC, Sunny Madra, disse que “agora temos um modelo de código aberto de classe mundial, que é de baixo custo, fácil de implantar e que estará em muito lugares diferentes”. Acrescentou que “as pequenas equipes [de IA] serão empoderadas nos EUA e outros lugares, para arriscar e construir” seus serviços”.

A Perplexity, também do Vale do Silício e bancada por Jeff Bezos, da Amazon, acaba de anunciar ter incorporado a Deepseek, saudando seu desempenho. Mas o principal argumento de vendas do CEO Aravind Srinivas é que “nenhum dos dados irá para a China“, permanecendo em datacenters nos EUA.

As três startups e outras, como Abacus, apresentam seus serviços de IA derivados da DeepSeek questionando ao mesmo tempo a empresa chinesa pela suposta lentidão do serviço nos últimos dias ou risco à privacidade.

Questionado se a DeepSeek trazia preocupação por ser chinesa, Gelsingr, da Gloo, talvez o mais entusiasmado com o avanço, negou e acrescentou, pelo contrário: “Ter os chineses nos lembrando do poder dos ecossistemas abertos é talvez um pouco embaraçoso para a nossa comunidade [de tecnologia] e para o mundo ocidental”.

Não seriam apenas as startups ou seus clientes os maiores beneficiários da DeepSeek. Também gigantes como a Meta, até porque “seus pesquisadores estão provavelmente estudando o que eles fizeram” em Hangzhou, diz Madra, da Croq.

Em análise, o Citigroup pareceu concordar, avaliando que, “como o R1 é código aberto, a Meta pode aprender com ele como tornar as suas ferramentas de IA mais eficientes”.

A empresa de Mark Zuckerberg teria criado quatro “salas de guerra” para tratar da DeepSeek, voltadas a tarefas como analisar suas técnicas de redução de custo e aplicar os insights obtidos na melhora dos produtos da Meta.

Consultor Júridico

Facebook
Twitter
LinkedIn
plugins premium WordPress

Entraremos em Contato

Deixe seu seu assunto para explicar melhor