As receitas da Alphabet, controladora do Google, ficaram abaixo das estimativas no quarto trimestre, com o braço de computação em nuvem crescendo menos do que o esperado e uma aceleração dos gastos com data centers para suprir a demanda por inteligência artificial.
A receita subiu 12%, para US$ 96,5 bilhões nos três meses até dezembro, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Excluindo os custos de aquisição de tráfego, esse valor foi de US$ 81,6 bilhões, ficando abaixo das estimativas de Wall Street em uma pesquisa da Bloomberg de US$ 82,8 bilhões. O lucro líquido subiu 28% para US$ 26,5 bilhões.
As ações da Alphabet caíram mais de 6% nas negociações pós-mercado. O valor de mercado da empresa havia subido anteriormente 45% nos últimos 12 meses, alcançado US$ 2,5 trilhões e tornando-a a quinta empresa de capital aberta mais valiosa do mundo, atrás da Apple, Microsoft, Nvidia e Amazon.
Embora o negócio de serviços do Google Cloud tenha registrado uma alta de 30% para quase US$ 12 bilhões, ficou aquém da taxa de 35% no terceiro trimestre e abaixo dos US$ 12,2 bilhões que os analistas haviam previsto.
Os gastos da Alphabet com infraestrutura de IA continuaram a escalar em sintonia com seus rivais do Vale do Silício. Os gastos de capital do quarto trimestre saltaram para US$ 14,3 bilhões, acima dos US$ 11 bilhões do ano passado e superando as expectativas de US$ 13,2 bilhões.
O CEO Sundar Pichai disse: “Estamos confiantes nas oportunidades à frente e, para acelerar nosso progresso, esperamos investir aproximadamente US$ 75 bilhões em despesas de capital em 2025.”
Na semana passada, a Microsoft revelou que gastou US$ 22,6 bilhões no período comparável de três meses, mas suas ações caíram acentuadamente após as receitas em sua unidade de computação em nuvem Azure também decepcionarem.
Os gastos de capital trimestrais da Meta foram de US$ 14,6 bilhões, com o CEO Mark Zuckerberg prometendo gastar “centenas de bilhões” a mais para se manter na vanguarda da pesquisa e produtos de IA.
