Exposição marca reabertura de Parque Zoobotânico em Belém, revitalizado com recursos do FNDCT — Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

Exposição marca reabertura de Parque Zoobotânico em Belém,

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, visitou, na quinta-feira (2), a exposição Um Rio não Existe Sozinho, aberta ao público até 30 de dezembro no Parque Zoobotânico, em Belém (PA). A mostra promovida pelo Instituto Tomie Ohtake, em parceria com o Museu Paraense Emílio Goeldi, reúne obras de artistas de várias regiões do País e integra a programação cultural que antecede a COP30, que ocorrerá em novembro. 

A visita da ministra ocorre no momento em que o Parque Zoobotânico é reaberto ao público. As visitas haviam sido suspensas para que adequações de infraestrutura pudessem ser feitas com segurança, tanto para os visitantes quanto para as espécies que habitam o local.  

A recuperação da instituição foi possível graças a um investimento de R$ 20 milhões do MCTI. Os recursos foram destinados pelo Pró-Amazônia, programa criado pelo Conselho do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) para articular iniciativas locais e produzir conhecimento sobre a sociobiodiversidade amazônica. 

O investimento possibilitou pintura e reparos em prédios históricos e recintos de animais. A ministra Luciana Santos não escondeu a alegria ao ver os muros do Parque Zoobotânico e os espaços de contemplação dentro do parque enriquecidos pela arte que promete contribuir para as reflexões ambientais neste momento de preocupações com as crises climáticas. “Quero dizer da minha alegria de poder voltar mais uma vez a essa importante instituição do nosso País. É o patrimônio do saber, a joia da coroa do nosso Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia”, afirmou a ministra. 

“A arte e a ciência juntas nos ajudam a enxergar as diversas dimensões que a vida tem, nos ajudam a popularizar, a difundir o saber científico. Temos a necessidade de virar a página do negacionismo no nosso País, o negacionismo tão perverso que vivemos recentemente. E a popularização da ciência, portanto, tem poder relevante nesse embate tão necessário que a gente precisa enfrentar”, frisou a ministra. 

Luciana Santos destacou ainda que a Casa da Ciência é um espaço que está sendo implementado dentro de um dos prédios históricos do Parque Zoobotânico do Museu Goeldi para receber eventos do MCTI durante a COP30. “Quando cheguei e vi o muro, eu disse: ‘Que maravilha!’ Isso dá pertencimento, dá orgulho às pessoas. Além de ser a Casa da Ciência, o Museu Goeldi vai ser a casa da cultura. É um muro que agora todo mundo vai querer tirar uma foto, filmar, para ficar do lado dessa beleza que é a capacidade artística do nosso povo e da nossa gente”, disse.  

Para o diretor do Museu Goeldi, Nilson Gabas Júnior, a comunicação baseada na empatia é outra forma eficaz de popularizar a ciência. A empatia através da arte, sendo ela o veículo para transmitir os resultados das nossas pesquisas, aquilo que a instituição vem produzindo. Com essa comunicação empática, a gente toca mais fundo, a gente consegue chegar a mais pessoas”, explicou.  

Ele ainda agradeceu a presença de todas as autoridades e enfatizou a importância dos financiamentos viabilizados pelo MCTI que permitiram as obras que serão executadas em 2026 no Parque Zoobotânico do Museu, por meio do FNDCT.  

A diretora do Instituto Tomie Ohtake, Gabriela Moulin, lembrou que a exposição foi construída ao longo de 2 anos, em diálogo com o Museu Goeldi. “O projeto Um Rio não Existe Sozinho vem sendo concebido na escuta e no diálogo sobre a urgência climática e sobre o papel da arte, da cultura e das poéticas como lugares únicos e incontornáveis para perceber, sentir e traduzir as complexidades do mundo, ao mesmo tempo que imaginamos outras formas de construí-lo e habitá-lo”, disse Gabriela. 

Curadora da exposição, Sabrina Fontenele falou sobre o diferencial para o Instituto Tomie Ohtake expor as obras selecionadas no Museu Goeldi. “Não só por ser um momento da COP, que demonstra como a arte pode ser uma ferramenta para discutir narrativas, para sensibilizar e para apontar novos caminhos, mas também porque a gente entende que o Museu Goeldi é uma instituição de pesquisa, de muito cuidado com essa fauna e flora amazônica há mais de um século”, comentou.  

A superintendente regional do Iphan, Cristina Nunes, enfatizou o momento propício às parcerias e às inovações que a COP30 proporciona para as instituições que atuam no Norte do país. Ela falou sobre o tombamento do Museu Goeldi e a relevância que o espaço tem para a ciência brasileira.  “Ele é instrumento tombado desde a década de 1990, no seu âmbito cultural, no seu âmbito de meio ambiente. A gente tem noção exata de que cada folhinha que cai, de que cada cutiazinha que corre, tem uma importância fundamental para cada um de nós e para que esse espaço aconteça”, conclui. 

A visita contou também com a participação da curadora da exposição, Vânia Leal, de autoridades, pesquisadores, artistas e representantes de instituições parceiras. Para a ministra, a experiência no Museu Goeldi simboliza a capacidade brasileira de unir ciência, cultura e sociedade em torno de causas ambientais urgentes. 

Muros do Museu Paraense Emílio Goeldi 

O Museu de Arte Urbana de Belém (M.A.U.B.) inaugurou sua terceira edição do projeto Muros do Museu Paraense Emílio Goeldi, transformando 2,5 mil metros de paredes em uma galeria a céu aberto. Vinte artistas convidados via edital criaram 19 murais — 17 no Parque Zoobotânico, patrimônio de mais de 130 anos, e dois no Campus de Pesquisa. Os murais permanecerão expostos por pelo menos um ano. 

Consultor Júridico

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