Barroso defende união para combater violência e crime organizado

O presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça, ministro Luís Roberto Barroso, defendeu nesta sexta-feira (27/10) que as instituições brasileiras unam esforços e coloquem “energia máxima” no combate ao crime organizado e à violência. Barroso também se mostrou favorável a medidas que impeçam a infiltração do crime organizado nas instituições públicas e permitam ao Estado recuperar espaços que “estão perdidos para o crime organizado”.

O ministro Luís Roberto Barroso

defende união contra o crime organizado

Carlos Moura/SCO/STF

Como presidente do STF e do CNJ, o ministro disse que vai colocar como uma de suas principais prioridades o enfrentamento ao crime organizado e à violência em todo o país, com atenção especial ao Rio de Janeiro, alvo de ataques nesta semana de criminosos e milicianos, que incendiaram ônibus e coordenaram diversas ações pela capital do estado.

“Estamos precisando fazer diagnósticos corretos em busca de soluções corretas que são urgentes, algumas imediatas, algumas de médio prazo e outras de longo prazo”, afirmou o magistrado. “Claro que estamos falando da necessidade de educação e de serviços públicos melhores. Mas, numa sociedade civilizada, a repressão também é um componente importante, e precisamos acertar nessa matéria. Do contrário, o crime organizado vai começar a contaminar todas as instituições.”

Para Barroso, o Brasil e a América Latina vivem atualmente um cenário muito grave de violência, com os piores índices do planeta, que superam, inclusive, os registrados por países em guerra. O enfrentamento da violência, segundo ele, é um problema predominante do Poder Executivo, mas todos precisam acertar nos diagnósticos em busca de melhores soluções para combatê-lo em todo o país.

“Temos de colocar esse problema no radar: violência, criminalidade organizada, como impedir a sua infiltração nas instituições e como o Estado reocupar espaços que estão perdidos para o crime organizado. E isso ocorre no Rio de Janeiro e na Amazônia. Portanto, é um fenômeno nacional, continental”, disse o ministro.

Barroso participou nesta sexta-feira do evento “A leitura nos espaços de privação de liberdade — Encontro nacional de gestores de leitura em ambientes prisionais”, na Biblioteca Nacional, no Rio.

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