Cervejaria pede recuperação judicial e obtém proteção liminar

A Cervejaria Petrópolis, dona das marcas Itaipava e Petra, apresentou pedido de recuperação judicial à Justiça nesta segunda-feira (27/3). A empresa tem dívidas de R$ 4,4 bilhões — sendo 48% financeiras e 52% com fornecedores e terceiros — e busca evitar o vencimento de uma parcela de R$ 105 milhões de um débito financeiro.

Cervejaria Petrópolis tem dívidas que chegam à marca de R$ 4,4 bilhões

Reprodução

A 5ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro concedeu liminar nesta terça (28/3) para ordenar a liberação de verbas da companhia por Banco Santander, Fundo Siena, Daycoval, BMG e Sofisa. A juíza Elisabete Franco Longobardi nomeou como administradores judiciais o escritório de advocacia Zveiter e a empresa Preserva-Ação, do advogado Bruno Rezende — que também atuam na recuperação judicial das Lojas Americanas.

Na petição inicial, a Petrópolis, representada pelos escritórios Salomão Sociedade de Advogados e Galdino & Coelho, afirma que o vencimento da parcela de R$ 105 milhões poderia comprometer seu caixa e sua operação. De acordo com a companhia, a queda nas vendas e o alto patamar da taxa Selic — que está em 13,75% ao ano — aumentaram seu endividamento. A elevação dos juros gerou um impacto de R$ 395 milhões por ano para a cervejaria.

A empresa também sustenta que, até o fim de março, haverá uma necessidade de capital de giro acumulado R$ 360 milhões superior ao projetado para o período e que, até 10 de abril, será R$ 580 milhões mais elevado.

A Petrópolis também acusa os concorrentes de adotar um “planejamento tributário abusivo”, condenado pelo Fisco, para não repassar o aumento de custos dos últimos dois anos aos consumidores. Por não adotar a mesma prática, a empresa diz ter precisado reduzir as margens para continuar competitiva, o que também contribuiu para o agravamento de sua situação.

Consultor Júridico

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