As mudanças climáticas pelas quais o mundo vem passando impõem uma transformação no pensamento sobre segurança hídrica, o que ficou demonstrado nas crises recentes enfrentadas por Brasil — sobretudo em São Paulo —, Estados Unidos e Austrália.
Para lidar com o problema, é necessário que haja grande capacidade de investimento para aumentar a resiliência hídrica; integração de sistemas; implementação de um trabalho de conscientização das pessoas sobre o consumo da água; e investimento na preservação ambiental.
Esse diagnóstico foi feito por Adriano Candido Stringhini, advogado e ex-diretor de gestão corporativa da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Ele falou sobre o assunto em entrevista à série “Grandes Temas, Grandes Nomes do Direito”, que a revista eletrônica Consultor Jurídico vem apresentando desde a última semana. Nela, algumas das mais influentes personalidades do Direito falam sobre os assuntos mais relevantes da atualidade.
Na entrevista, Stringhini recordou que, do ponto de vista estatístico, sempre se trabalhou com dados dos últimos cem anos, mas ele afirmou que hoje as necessidades são outras.
“A água é a mesma desde a época dos dinossauros. Não mudou. O que aconteceu é que houve um aumento muito grande da poluição de recursos hídricos. Então é preciso trabalhar também na despoluição desses mananciais, na coleta de esgotos, em programas para água de reuso.”
Segundo Stringhini, nesse cenário preocupante a inovação é fundamental. “Existem atualmente sistemas em que você dá descarga e a água volta para sua casa. Então o futuro é que ocorra o saneamento da água fora das grandes redes, mas dentro de sua própria residência.”
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