É preciso fortalecer EaD, sem abrir mão da qualidade, diz advogado

Única alternativa para alunos e professores durante a crise da Covid, os cursos de ensino a distância ganharam novo peso no sistema educacional e agora demandam regras atualizadas, sobretudo em relação aos métodos de avaliação da modalidade, afirma o advogado André Lemos Jorge.

Para Lemos Jorge, debate deve se concentrar na avaliação das instituições de EaD

Membro do Conselho Nacional de Educação (CNE), Lemos Jorge falou sobre o atual cenário do EaD em entrevista à série “Grandes Temas, Grandes Nomes do Direito“, que a revista eletrônica Consultor Jurídico vem apresentando desde maio.

O advogado analisou o tema sob a perspectiva do debate proposto pelas autoridades junto a pais, professores e instituições de ensino. Nesse sentido, ele elogiou o grupo de trabalho criado pelo Ministério da Educação para discutir a oferta de ensino a distância no país. Iniciado em março, o grupo busca elaborar uma política educacional para os cursos de EaD em Direito, Enfermagem, Odontologia e Psicologia.

Para Lemos Jorge, essa discussão deve se concentrar acima de tudo na avaliação das instituições. “Nos próximos meses e anos, nós teremos que discutir sobre um método de avaliação das escolas, seja para o ensino básico ou superior, que fortaleça o uso dessas tecnologias, mas sem deixar de lado a qualidade de ensino”. Isso, segundo ele, é uma forma de garantir que os alunos recebam certificações que sejam valorizadas pelo mercado.

Além do foco na avaliação, Lemos Jorge defendeu que o debate produza subsídios para a elaboração de normas adaptadas à realidade do EaD no período pós-Covid. “Como a pandemia deixou claro que é preciso fortalecer os meios de avaliação, será preciso aplicar tanto as normas anteriores a ela quanto as novas, que serão criadas em um contexto de mais avanço tecnológico no ensino multimídia”, disse o advogado.

“Nós teremos que observar a legislação que já existe, como é o caso da portaria de 2017 que traça os requisitos para os polos de educação  a distância. Acho que nós devemos retomá-la, pois ela tem trechos acertadíssimos, mas que foram deixados de lado ao longo de um período”, completou Lemos Jorge. “Eu não tenho dúvidas de que nós chegaremos a um consenso.”

Clique aqui para assistir à entrevista ou veja abaixo:

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