Cerca de 1,3 mil estudantes e professores de todos os estados do Brasil, divididos em 340 equipes, participaram, neste final de semana (24 e 25), da final da 16ª edição da Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB). A competição ocorreu na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) com alunos dos ensinos fundamental e médio. Este ano, o evento contou com número recorde de inscritos, com 51,2 mil grupos. No domingo, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, que apoia a competição, esteve presente na cerimônia de entrega das medalhas.
“Olimpíadas científicas apoiadas pelo MCTI são fundamentais para criar um ambiente de aprendizado dinâmico e inspirador, onde o conhecimento científico é valorizado e difundido de maneira acessível e envolvente”, ressaltou a diretora de Popularização da Ciência, Tecnologia e Educação Científica do MCTI, Juana Nunes, que representou a ministra Luciana Santos na cerimônia de premiação.
Na ONHB, as equipes, compostas por três estudantes e um professor de História, passaram por seis fases online entre maio e junho. Na etapa final, os participantes realizaram uma prova dissertativa sobre a repatriação do Manto Tupinambá, do século XVI, ao Museu Nacional do Rio de Janeiro, além de refletirem sobre questões da cultura material. Ao final, foram distribuídas 17 medalhas de ouro, 27 de prata e 37 de bronze, além de troféus para as escolas medalhistas e medalhas de honra ao mérito para os demais participantes.
O Nordeste foi a região com o maior número de medalhas na final da ONHB. O Ceará se destacou com 19 medalhas, seguido pela Bahia, com 15, e Pernambuco, com 14. Outros estados como Minas Gerais, São Paulo, Paraíba, e Rio Grande do Sul também tiveram bons desempenhos. “A participação expressiva do Nordeste nessa competição é um reflexo da importância que esses estados dão à popularização da ciência e a educação científica”, enfatizou Juana Nunes. “ O MCTI tem buscando diminuir as desigualdades regionais. Através do Programa Nacional de Popularização da Ciência (Pop Ciência) estamos reforçando a importância da inclusão e da diversidade no desenvolvimento de novas ideias e soluções inovadoras para o país”, completou a diretora do MCTI.
Além das medalhas, os finalistas tiveram a oportunidade de realizar uma prova adicional e individual para concorrer a vagas em cursos de graduação na Unicamp, já que a ONHB faz parte do edital ‘Vagas Olímpicas’. Medalhistas da competição têm a chance de ingressar na universidade sem precisar prestar vestibular, e as medalhas também são aceitas por outras instituições de ensino superior. Em 2024, também serão oferecidas bolsas de Iniciação Científica Júnior, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, para estudantes de escolas públicas que participaram da ONHB, conforme critérios estabelecidos pelo CNPq.
Homenagem
A cerimônia de premiação prestou homenagem ao estado do Rio Grande do Sul, que enfrentou enchentes este ano. O professor Ênio Grigio, do Instituto Federal Farroupilha – Campus Júlio de Castilhos, foi convidado a realizar o discurso da premiação, representando os professores orientadores da Olimpíada. Apesar dos desafios, o estado classificou 11 grupos na final.
A ONHB
A ONHB é realizada com apoio do Departamento de História da Unicamp, do Serviço de Apoio ao Estudante (SAE) da Unicamp, da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec) da Unicamp, e da Associação Nacional de História (Anpuh). A competição também conta com a participação de docentes universitários, alunos de graduação, mestrandos e doutorandos.