A suspensão do X no Brasil fez com que usuários brasileiros buscassem refúgio em plataformas concorrentes à rede do empresário Elon Musk. Com a migração em massa dos internautas, surgiram perfis falsos nas novas redes sociais de políticos e instituições, como foi o caso do STF (Supremo Tribunal Federal).
A corte suprema pediu a suspensão de contas falsas que fossem criadas com o nome do órgão no BlueSky, plataforma que ganhou mais de 3 milhões de usuários brasileiros desde o bloqueio do antigo Twitter.
O STF informou à Folha que o objetivo da medida é evitar que o público associe as publicações falsas ao órgão, que possui um perfil oficial na plataforma, ainda sem nenhuma publicação.
Além do STF, políticos e candidatos às eleições municipais de 2024 também tiveram seus nomes usados em perfis falsos. Uma das pessoas atingidas foi a deputada federal e candidata à Prefeitura de São Paulo Tabata Amaral (PSB).
Um post supostamente do perfil dela no BlueSky, com desinformação sobre o ministro Alexandre de Moraes, recebeu um selo de alerta da plataforma informando que a conta estava fingindo ser de outra pessoa sem permissão. Mesmo assim, houve quem acreditasse que poderia ser mesmo a candidata, com comentários como “Já está falando m* no BlueSky?”.
A Folha também identificou perfis falsos de outros políticos na plataforma, incluindo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de Alexandre de Moraes.
A reportagem tentou contato com os responsáveis pelos perfis falsos e com os políticos envolvidos, mas não obteve resposta até a publicação deste texto. A plataforma BlueSky disse não comentar decisões individuais de moderação e que os usuários podem denunciar posts e perfis.
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