Na véspera de depoimento, ministro susta ação contra Tacla Duran

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu ação penal contra o advogado Rodrigo Tacla Duran. A decisão é de sexta-feira (24/3). 

Tacla Duran vai prestar depoimento nesta segunda sobre suposta tentativa de extorsão lavajatista na condição de testemunha 

Reprodução

Lewandowski determinou que a 13ª Vara Federal de Curitiba  onde Tacla Duran prestará depoimento nesta segunda-feira (26/3)  seja informada com urgência da decisão. E ordenou que mais informações sobre o processo sejam fornecidas no prazo de dez dias.

Na prática, a determinação de Lewandowski trava qualquer investigação ou tentativa de coação contra o advogado, que acusa o ex-juiz e atual senador Sergio Moro de fazer da finada “lava jato” um verdadeiro balcão de negócios.

Desse modo, o depoimento que Tacla Duran prestará nesta segunda ao novo juiz titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, Eduardo Appio, se dará com o advogado na condição de testemunha, uma vez que a ação penal contra ele está suspensa até ordem ao contrário do ministro. 

Tacla Duran afirma que foi procurado pelo advogado Carlos Zucolotto Júnior, que era sócio de Rosângela Moro, mulher do ex-juiz, para pagar por um acordo de delação que lhe fosse favorável.

Existe a expectativa de que ele apresente provas de que pagou US$ 613 mil ao advogado ligado a Moro para não ser preso.

Neste domingo (26/3), o influencer Thiago dos Reis divulgou o documento de transferência bancária para a conta de Marlus Arns. O advogado foi parceiro de Rosângela em ações da Federação da Apae no Paraná, e também na defesa da família Simão, um caso que ficou conhecido como “máfia das falências”.

Processos 5018184-86.2018.4.04.7000 e 5019961-43.2017.4.04.7000

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