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Poder Judiciário se preocupa com cidadãos vulneráveis, diz Salomão

O ministro do Superior Tribunal de Justiça e corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, esteve em São Paulo nesta quarta-feira (10/5) para acompanhar os trabalhos da Semana Nacional do Registro Civil, uma mobilização de várias instituições para emitir documentos, como RG e certidão de nascimento, de forma gratuita, para pessoas em situação de rua ou em vulnerabilidade econômica.

ConJurSemana Nacional do Registro Civil em SP

Em São Paulo, as ações ocorrem na capital e em Sorocaba. Salomão visitou a sede da Ação Social Franciscana (Sefras), no centro de São Paulo, onde acontece o evento, e disse que a ideia é resgatar a dignidade das pessoas em situação de rua por meio da emissão de documentos que vão garantir acesso a serviços básicos, como programas sociais e atendimentos médicos.

Segundo Salomão, cerca de três milhões de brasileiros não possuem registro de nascimento. “Esse cidadão em vulnerabilidade fica invisível para o poder público. A partir do momento em que resgata a cidadania, ele pode ser encaminhado para atendimento médico, obtenção de emprego, programas sociais, etc. Esse é um primeiro passo para reconstruir a cidadania desse cidadão”, afirmou.

Para Salomão, é importante manter uma rede unificada para recuperar a dignidade e a cidadania das pessoas em situação de rua. Por isso, ao criar a Semana Nacional do Registro Civil, o ministro decidiu tornar a ação permanente. Toda segunda semana de maio haverá uma mobilização nacional para emissão de documentos, além de outras ações que já ocorrem ao longo do ano.

“É simbólica a presença do Judiciário aqui, onde o cidadão vulnerável busca atendimento e acolhimento. Viemos aqui para dizer que o Poder Judiciário está presente e se preocupa com a dignidade dessas pessoas. Sem documentos, as pessoas ficam privadas de exercer sua cidadania”, completou o ministro.

Salomão visitou todos os espaços de atendimento, que incluem, por exemplo, locais para emissão de RG, CPF, certidão de nascimento ou de casamento, certificado de reservista, carteira de trabalho digital e título de eleitor. 

ConJurMinistro Luis Felipe Salomão e desembargadores Marisa Santos, Torres Garcia e Paulo Galizia

Ele estava acompanhado do corregedor-geral da Justiça de São Paulo, desembargador Fernando Torres Garcia, do presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Paulo Galizia, e da presidente do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, desembargadora Marisa Santos.

Segundo Torres Garcia, no momento em que a pessoa é inserida no “mundo documental”, ela passa a ser um cidadão com total plenitude e pode ter acesso a programas sociais e outras iniciativas dos governos. “Estamos em busca do pleno resgate da cidadania das pessoas esquecidas pelo poder público”, disse.

Galizia destacou a importância do título de eleitor para as pessoas mais vulneráveis, que passam a ter direito ao voto e podem escolher representantes que olhem para suas necessidades. “Além de permitir que o cidadão obtenha o documento para votar, o TRE-SP também tem trabalhado para que ele tenha acesso à cabine de votação.”

Já a desembargadora Marisa Santos disse que a Semana Nacional do Registro Civil é mais uma demonstração de um “Judiciário que se aproxima e se abre para aquele que precisa dos serviços públicos”. 

Esperança

Em situação de rua há cinco meses, Carlos* conseguiu fazer RG, título de eleitor e carteira de trabalho digital, além de tirar uma segunda via da certidão de nascimento e do certificado de reservista. Ele saiu da sede da Ação Social Franciscana com todos os documentos em mãos e agora quer procurar um emprego.

“Quando cheguei aqui, em dezembro do ano passado, não tinha nada, nenhum documento. Já estou fazendo cursos de culinária e de construção civil, mas, agora, com os documentos, posso conseguir uma oportunidade de trabalho e seguir a vida. Quero voltar para perto da minha família e alugar uma casa perto dos meus filhos”, disse.

ConJurAtendimento para emissão de documentos no centro de SP

O Frei Marx, que trabalha na Ação Social Franciscana, disse que a expectativa é de atender mais de mil pessoas na Semana Nacional de Registro Civil. Somente nesta terça-feira (9/5) foram 227 atendimentos. “Trazer a ação para cá é garantir direitos básicos a essas pessoas. Além de ser uma conquista, é uma porta aberta e um motivo de esperança para eles.”

Conhecido pelo trabalho com pessoas em situação de rua, o padre Júlio Lancelotti também acompanhou a visita nesta quarta. Segundo ele, é preciso diminuir a invisibilidade das pessoas em situação de rua e um dos primeiros passos é, justamente, a emissão de documentos.

“Ter representantes do Judiciário aqui é um ato político muito forte em uma cidade que, muitas vezes, tem fobia de pobres. Ter o Conselho Nacional de Justiça adotando essa postura é uma proteção importante”, disse.

*Nome alterado a pedido do entrevistado

Consultor Júridico

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