Rodrigo De Grandis, recentemente exonerado do Ministério Público Federal em São Paulo a pedido, foi anunciado nesta segunda-feira (10/7) como novo sócio do TozziniFreire Advogados. Ele atuará na área penal empresarial.
Reprodução
De Grandis ficou conhecido nacionalmente quando era procurador da satiagraha, que mirava crimes financeiros supostamente cometidos pelo banco de investimentos Opportunity e seus donos.
O então procurador era o responsável pelo inquérito da satiagraha e, depois, pela ação penal que dela decorreu. A operação foi derrubada pelo Superior Tribunal de Justiça.
Ficou descoberto que o delegado da PF responsável pelas apurações, Protógenes Queiroz, contratou, ilegalmente, agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para “ajudar” nas apurações.
A atuação de De Grandis foi questionada em diversos momentos das apurações da satiagraha. Por causa dela, além de documentos engavetados, houve falta de ação e ações pela metade por parte do procurador, que foi acusado de tomar depoimentos e não incluí-los no processo.
Em 2013, De Grandis foi investigado pela Procuradoria-Geral da República e pelo Conselho Nacional do Ministério Público após suspeitas de trabalhou para atrasar o andamento das investigações, pelo Ministério Público da Suíça, da empresa francesa Alstom no Brasil.
O MP suíço trancou parte das apurações das atividades da Alstom por falta de cooperação do Ministério Público Federal brasileiro. O procurador declarou publicamente que houve “falha administrativa” no caso, e por isso não cooperou mais com as investigações.
No entanto, De Grandis teria sido oficiado três vezes pelo Ministério da Justiça para que respondesse as autoridades suíças antes da investigação ser trancada.
Além de De Grandis, foi anunciada como nova sócia do TozziniFreire Advogados a advogada Cristina Maciel, que atuará na área de fusões e aquisições.
