TJ-GO afasta desembargador que defendeu fim da Polícia Militar

O Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) suspendeu nesta segunda-feira (6/11) o desembargador Adriano Roberto Linhares Camargo do exercício do cargo após ele defender o fim da Polícia Militar.

Desembargador foi afastado por criticar abusos da PM e defender sua extinção

Em sessão do TJ-GO da última quarta (1º/11), transmitida online, Camargo criticou os abusos cometidos em operações policiais e disse que a PM é despreparada. “Isso não pode mais se repetir e, aliás, aqui vai uma reflexão pessoal, para mim, tem de acabar com a Polícia Militar, para mim”, declarou ele.

O magistrado afirmou que a PM é uma reserva técnica do Exército e que o papel da corporação é enfrentar inimigos. “Por isso vemos abusos e excessos seguidos e recorrentes. A PM-GO é invisível.”

Além disso, Camargo disse que é preciso estabelecer uma nova forma de atuar na investigação e repressão ao crime. “Vejam nos jornais a quantidade de confrontos e ninguém leva um tiro. Morrem quatro, cinco, seis, e isso não é por preparo, nós sabemos por que é.”

A fala do desembargador repercutiu bastante. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), afirmou que a opinião do magistrado é uma agressão à PM e um atentado ao Estado democrático de Direito.

A pedido do presidente do TJ-GO, Carlos França, o Órgão Especial promoveu sessão extraordinária na segunda e suspendeu cautelarmente Camargo do exercício do cargo.

“Para os membros do colegiado, ao acolher a propositura do presidente do Tribunal de Justiça, a quem compete atuar como corregedor no 2º grau de jurisdição, neste momento, se impõe o afastamento cautelar do desembargador Adriano Roberto da atuação na área criminal do Tribunal de Justiça, em razão de sua manifestação na mencionada sessão de julgamento. A decisão tomada pelo Órgão Especial vigorará até a decisão sobre a abertura ou não de processo administrativo disciplinar, quando o colegiado examinará novamente a questão”, declarou o TJ-GO em nota.

A Associação dos Magistrados de Goiás (Asmego) informou que sua assessoria jurídica “estuda o ocorrido e prestará assistência necessária ao associado, para que medidas cabíveis sejam adotadas, com o objetivo de assegura

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