Espera-se que a paralisação do governo dos EUA que começou na quarta-feira (1º) tenha efeito imediato limitado sobre as viagens aéreas. Mas pode se tornar mais prejudicial para os viajantes e para o setor de viagens quanto mais tempo durar.
Controladores de tráfego aéreo que orientam aviões pelos céus dos EUA e funcionários da Administração de Segurança nos Transportes (TSA, na sigla em inglês) que fazem a triagem de viajantes nos aeroportos continuarão trabalhando durante o shutdown, mas serão pagos apenas quando ela terminar.
Outras atividades que continuarão incluem contratação e treinamento de controladores de tráfego aéreo, investigações de acidentes sob demanda e supervisão de segurança, de acordo com os planos de contingência do Departamento de Transportes.
Ainda assim, cerca de um quarto das quase 45 mil pessoas que trabalham na Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) estão sendo colocadas em licença não remunerada. Isso significa que muitos serviços serão suspensos, incluindo regulamentação da aviação, parte da supervisão de segurança do tráfego aéreo, análise de desempenho do tráfego aéreo e outras atividades.
O shutdown também pode atrasar iniciativas de segurança e trabalhos de reparo em equipamentos importantes de tráfego aéreo, de acordo com uma carta enviada aos líderes do Congresso esta semana por grupos que representam companhias aéreas, trabalhadores da aviação e consumidores.
Durante a mais recente e mais longa paralisação governamental, que começou no final de 2018, muitos agentes da TSA e controladores de tráfego aéreo relataram estar doentes ou não compareceram ao trabalho, causando estragos nas viagens aéreas. Em determinado momento, a paralisação foi responsabilizada por atrasos em grandes aeroportos.
Mesmo shutdowns curtos podem ter consequências duradouras, disse o Capitão Jody Reven, presidente do sindicato que representa os pilotos da Southwest Airlines, em um comunicado.
“Uma paralisação do governo coloca em risco a integridade do sistema de aviação mais seguro do mundo”, disse Reven. “Paralisações anteriores levaram à escassez de pessoal e desafios de segurança evitáveis —consequências que não podemos nos dar ao luxo de repetir.”